Alexandria (2009)
Alexandria é um drama histórico espanhol de 2009 dirigido por Alejandro Almenábar que retrata a vida da filósofa, Matemática e Astrônoma Hipátia que viveu em Alexandria no Egito entre 355 e 415 D.C. e era filha de Theon, último diretor da Biblioteca de Alexandria. O título original do filme Ágora remete ao nome que se dava às praças públicas na Grécia Antiga, onde ocorriam as reuniões e as assembleias onde os gregos podiam decidir sobre temas diversos da vida pública da comunidade. Eventos e cerimonias religiosa e atividades econômicas também aconteciam na Ágora.
O momento histórico do filme remonta o final do século IV D.C., época em que Alexandria vivia profunda agitação política e religiosa com a disputa entre cristãos e pagãos pelo poder. A personagem principal Hipátia (Rachel Weisz) se dedicava a lecionar na biblioteca de Alexandria e ao estudo do movimento dos corpos celestes.
O filme apresenta uma reconstituição do que poderia ter sido a Biblioteca de Alexandria. Fundada durante o reinado de Ptolomeu I, sucessor de Alexandre o grande, que governou o Egito de 305 a 30 A.C. funcionava junto a um templo pagão conhecido como serapeum, dedicado ao deus egípcio Serápis. Os livros que constituíam o acervo da Biblioteca de Alexandria eram rolos de papiro que em seu apogeu, chegou a ter cerca de 700.000 exemplares. A arquitetura da cidade de Alexandria é muito bem representada no filme com destaque especial para a coleção de obras da Biblioteca.
Os cristãos cresciam em número rapidamente e entravam em choque com a religião e a cultura pagã. Esses conflitos levaram à destruição do Serapeum e da Biblioteca em 391 D.C. Hipátia passa a ser alvo dos cristãos por representar a cultura pagã e quando Orestes se torna prefeito a ligação entre os dois é usada pelo líder cristão Cirilo para acusá-la de bruxaria.
Com relação ao movimento dos corpos celestes Hipátia acreditava em órbitas circulares mas fazendo cuidadosas observações percebe que esta hipótese não explicaria o comportamento irregular do movimento dos astros. Para explicar esse fenômeno, em um processo científico muito interessante, Hipátia abandona as órbitas circulares e desenvolve a teoria das órbitas elípticas, que seria confirmada pelo astrônomo Johannes Kepler, séculos mais tarde.
"O filme é muito feliz em destacar esta mudança de orientação na pesquisa de Hipátia, realçando a diferença entre a visão científica, eternamente questionadora e que não se apega a uma verdade absoluta, e a visão religiosa predominante naquele momento, que exigia a adesão a uma fé e a seus dogmas imutáveis. Ao ser pressionada para aderir à fé cristã, Hipátia se revela incapaz de fazer tal coisa, pois ela precisava questionar, precisava investigar. Assim, ela acaba sendo acusada de heresia e é brutalmente assassinada pelos cristãos em 415 d.C." [Marcelo de Souza Silva em https://omundodasnuvens.wordpress.com/2011/03/08/agora-e-a-biblioteca-de-alexandria/]
Referências:
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/%C3%81gora_(filme)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Hip%C3%A1tia
http://www.webartigos.com/artigos/filme-alexandria-analise-critica/89726/
https://omundodasnuvens.wordpress.com/2011/03/08/agora-e-a-biblioteca-de-alexandria/
http://maishistoria.com.br/agora-alexandria/
https://www.imagemfilmes.com.br/imagemfilmes/principal/filme.aspx?filme=103236
http://gabinetedehistoria.blogspot.com.br/2011/08/resenha-do-filme-alexandria-agora-de.html
Filme completo dublado em português:
https://vimeo.com/153118573
Trailer:
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